6 dicas de uma doutora de Harvard para criar times eficientes
- Contador SC
- 14 de out. de 2019
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O maior erro de um líder é não pensar estrategicamente ao montar um time. Essa é a opinião de Ruth Wageman, doutora em psicologia pela Universidade Harvard e uma das autoras do Team Diagnostic Survey, pesquisa que avalia a eficiência das equipes dentro de empresas. Depois de décadas de pesquisa, Ruth chegou a uma lista final de seis condições para times serem mais eficientes.
A professora vem pela primeira vez ao país nos dias 22 e 23 de outubro pela primeira vez, para realizar um treinamento com empresários brasileiros. (As inscrições estão abertas aqui). Antes disso, apresentou para Época NEGÓCIOS as seis dicas que baseiam o seu trabalho.
As “condições para a eficiência” podem ser divididas em “essenciais” ou “facilitadoras”. “Depois de anos de pesquisa, nós chegamos aos seis conceitos finais. Se um líder consegue implementar essas ideias dentro da sua equipe, as chances de melhor performance são altas”, afirma Ruth.
Abaixo, as seis dicas da especialista:
1. Equipe de verdade
“O primeiro dos três essenciais é ter um time de verdade, e não uma coleção de pessoas que reportam ao mesmo líder, ou um grupo de pessoas que realiza o mesmo trabalho. Um time de verdade é formado por indivíduos independentes unidos por um propósito em comum.”
2. Propósito “cativante”
“A segunda delas é um propósito ‘cativante’. Todo time precisa saber com clareza o que é o sucesso que as pessoas tanto correm atrás. E não apenas isso. O sucesso deve ser consequência. Elas precisam sentir que estão realizando um trabalho de impacto significativo ou não vão dar o máximo que podem. Eu recomendo que os líderes façam essa definição em parceria com o time. Se, juntos, chegarem a um objetivo, vão se esforçar mais para alcança-lo.”
3. Pessoas certas
“Definido o propósito, o líder deve ir atrás das pessoas certas. É importante refletir e pensar: Quem são as pessoas que podem contribuir para o nosso objetivo de fato? Quais são as habilidades que você precisa? Qual é a diversidade de perspectivas que o time precisa para você ser bem-sucedido? Faça essas perguntas antes de escolher a sua equipe.”
4. Estrutura sólida
“O primeiro dos ‘facilitadores’ é uma estrutura sólida de trabalho. Ou seja, o que aquelas pessoas precisam fazer? Um fato curioso que nem todos imaginam é que times menores costumam colaborar de forma mais eficiente. Em segundo, definir tarefas práticas para cada funcionário. E, claro, é preciso progresso e formas de mensurá-lo. Outro fator importantíssimo é definir normas e regras do que é aceitável em termos de comportamento dentro do time. É preciso limites.”
5. Contexto de apoio
“É importante que líderes criem estruturas e sistemas que facilitem a vida dos seus funcionários. Por exemplo, considero um erro a avaliação 100% individual, porque isso inevitavelmente cria uma competição pouco saudável na empresa. Como as pessoas vão trabalhar em equipe se elas estão constantemente competindo com os colegas? Na minha visão, as recompensas devem ser para todos, como um grupo.”
6. Coaching
“Durante os treinamentos, nós desenvolvemos uma técnica chamada 60/30/10. De maneira simples, eu insisto que líderes devam usar 60% do seu tempo antes mesmo de formar um time – será que aquela missão realmente exige um trabalho em equipe ou essa não é uma tarefa que pode ser designada para pessoas de forma independente? Os outros 30% devem ser focados no primeiro encontro desse grupo. Prepare-se, leve o problema com o máximo de detalhes e deixe bem claro o papel de cada um naquele projeto. A primeira reunião é muito mais importante do que se imagina. E os últimos 10% vão para a operação. Um time não vai ser bem-sucedido se você tiver falhado antes. Então use esse tempo para ver se a sua preparação foi correta.”
Fonte: Epocanegocios.globo.com/
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