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Análise fundamentalista: saiba o que é e como utilizá-la

  • Contador SC
  • 1 de jun. de 2020
  • 13 min de leitura

Dentre as diversas escolas de investimentos, a análise fundamentalista se caracteriza por ser uma das mais coerentes e sustentáveis ao longo dos anos.


Devido à sua grande relevância dentre o mercado, e por ser um dos modelos de estudos mais utilizados por investidores simpatizantes do Value Investing, o conceito básico de uma análise fundamentalista se faz de bastante importância para aqueles que pretendem investir com o foco voltado para o longo prazo.


O que análise fundamentalista de ações?

Muitos investidores podem ter dúvida sobre o que é análise fundamentalista e é isso que vamos explicar agora. O conceito de análise fundamentalista pode ser definido como aquele que leva em consideração a situação financeira, econômica e setorial de uma empresa com a finalidade de determinar o preço justo de suas ações e quais são as perspectivas para o para seu futuro.


Em geral, esse tipo de estudo define o valor intrínseco para um determinado ativo. Isso é feito com base em dados econômicos, indicadores financeiros, balanços e resultados da empresa. Dessa forma, é possível compreender o histórico de determinada companhia e estipular qual o seu potencial de geração de valor.


Dessa maneira, se costuma dizer que a análise fundamentalista estuda o valor de uma companhia e não o preço de suas ações naquele momento. Sendo assim, o investidor, ao se utilizar dessa metodologia, procura por empresas as quais tenham o preço de suas ações abaixo do seu valor naquele momento.


Portanto, a ideia principal da análise fundamentalista de ações é buscar lucro a partir da diferença entre o preço de compra e o preço de venda com foco no longo prazo. Isso é feito por meio do estudo dos indicadores da empresa e perspectivas para cenários futuros.


Como surgiu a análise fundamentalista?


O pioneiro dessa técnica foi Benjamin Graham. Segundo ele, o preço de uma ação deveria representar a expectativa de lucros futuros considerando o seu fluxo de caixa em determinado período.


Segundo um de seus alunos e um dos maiores estudiosos da análise fundamentalista de ações de todos os tempos, Warren Buffett, “valor é o que se leva, preço é o que se paga” por um papel.


Esse pensamento tem real sentido quando relacionado à essa escola de investimentos. A partir desse ponto, podemos dizer que o preço de uma ação é definido pelo próprio mercado, no ambiente da bolsa de valores, enquanto o seu valor é determinado pelas perspectivas e os resultados desta empresa.


Nesse sentido, levar a ideia de preço e valor em consideração numa análise pode ser uma atitude bastante sensata, sobretudo para investidores com objetivos de longo prazo.


Como funciona a análise fundamentalista?


Para tomar decisões a respeito da compra e venda de ativos, a análise fundamentalista oferece um conjunto de instrumentos que determinam o cenário microeconômico e cenário macroeconômico em que a empresa está inserida.


O estudo desses cenários permite que se possa fazer projeções a respeito da empresa para determinar se o preço de determinado ativo está acima ou abaixo, do seu valor intrínseco e, assim, definir qual deve ser a trajetória futura da cotação.


Em geral, os dados macroeconômicos, ou seja, os fatores ligados diretamente à empresa são os mais relevantes. Contudo, a análise fundamentalista de empresas não desconsidera fatores macroeconômicos.


Fatores microeconômicos e a análise fundamentalista


Os fatores microeconômicos são aqueles não afetam diretamente a economia como um todo. Em geral, eles estão ligados diretamente à um empresa ou setor.


Um exemplo de fator microeconômico pode ser o preço de uma commodity, como o preço do minério de ferro.


Entre outras variáveis microeconômicas que a análise fundamentalista de ações pode considerar; estão:


1. Gestão da empresa

É extremamente importante que uma análise fundamentalista de ações leve em consideração a capacidade de gestão de uma empresa. Afinal são os gestores que tomam as principais decisões de qualquer companhia.


Nesse sentido, analisando o histórico da companhia, o investidor pode observar se a gestão tem ou não uma boa capacidade de entregar bons resultados ao longo do tempo.


2. Insumos e bens de produção

Toda empresa necessita de insumos para sua produção. Logicamente, quanto menor o custo desse insumos, maior a margem de lucro.


Nesse sentido, empresas mais bem fundamentadas possuem preços de compra de insumos menores.


3. Análise de concorrência

O ambiente concorrencial no qual uma companhia está inserida é considerado pela maior parte das análises fundamentalistas.


O estudo desse fator é fundamental para avaliar o desempenho de uma empresa na comparação com suas principais concorrentes e assim definir qual a melhor dentro do setor.


Fatores macroeconômicos e a análise fundamentalista

Já os fatores macroeconômicos são aqueles que estão relacionados à economia como um todo. Por isso, eles têm impacto em todas as empresas presentes em determinado país.


Entre os principais fatores macroeconômicos considerados pela análise fundamentalista estão:


1. Taxa de Juros

Por conta da alavancagem operacional, a taxa de juros é uma das variáveis que mais afetam as empresas. Essa estratégia consiste na captação de recursos por parte das empresas no mercado de dívidas a uma determinada taxa para aplicação em projetos rentáveis.


Por exemplo, suponha que uma empresa captou recursos a uma taxa de 2%. A partir disso, ela usou o que foi captado para aplicar em uma operação com retorno de 10%.


Nesse caso o resultado da operação seria um lucro de 8%. No entanto, se a taxa de juros da economia subir para 5%, a companhia terá queda no retorno que passará a ser 5%.


Em contrapartida existem empresas que operam com caixa líquido , o que significa que elas não usam alavancagem operacional. Nesses casos, as empresas possuem dinheiro sobrando pra investir e, portanto, deixam esse montante aplicado no mercado de juros.


Dessa forma, as empresas são prejudicadas por uma baixa na taxa de juros e beneficiadas pela alta da variável.


2. Inflação

Inflação é o processo no qual há perda do poder de compra de uma determinada moeda. Apesar disso, em alguns casos, o aumento da variável pode ser benéfico para determinadas empresas.


Companhias de transmissão elétrica, por exemplo, podem se beneficiar de elevação na inflação. Por outro lado, empresas de consumo acabam por serem prejudicadas uma vez que o poder de compra das famílias é reduzido.


3. Taxa de desemprego

A taxa de desemprego é uma das variáveis mais importante para a economia. Quanto maior for essa taxa, menor será o consumo. Logo, isso que tende a prejudicar as empresas, sobretudo aquelas com demanda mais sensível à variações.


Além disso, o desemprego numa economia pode gerar impactos sobre outras variáveis como a inflação, por exemplo.


Metodologias da análise fundamentalista

Por fim, cabe ressaltar ainda que, existem várias maneiras de se obter resultados através análise fundamentalista.


Em primeiro lugar, pode-se realizar um estudo da evolução dos balanços e resultados da companhia em questão. Nesse caso, atenta-se para como se demonstra a evolução desses números no decorrer do tempo. Para esse tipo de avaliação, dá-se o nome de Análise Horizontal.


Além disso, existe também a Análise Vertical. Nela, o investidor procura comparar como se encontra a relação entre dois campos do balanço patrimonial da empresa. Isso acontece, por exemplo, a relação entre o lucro líquido e a receita líquida numa observação de três anos subsequentes.


Outra maneira bastante usual de se obter os resultados da análise fundamentalista é através dos indicadores financeiros.


Indicadores mais importantes da análise fundamentalista


A avaliação dos indicadores da empresa é um dos passos mais importantes e mais amplamente usados pelos analistas nas tomadas de decisão em relação a compra e venda de ativos do mercado financeiro.


Por meio de alguns índices é possível encontrar empresas que sejam negociadas abaixo do seu valor intrínseco, ou seja, que estejam sendo subavaliadas no mercado e, assim, garantir oportunidades de comprar ações mais baratas.


Além disso, esse tipo de avaliação também permite que o analista tenha uma boa ideia a respeito da percepção de mercado para com o ativo em questão.


Toda empresa, por lei, deve divulgar sua informações operacionais e é nesses relatórios que se encontram os dados das demonstrações financeiras fundamentais para a análise fundamentalista de empresas.


Nesse sentido, os documentos financeiros mais importantes para a análise fundamentalista são:

  • Balanço Patrimonial;

  • Demonstrativo de Resultado do Exercício;

  • Demonstrativo do Fluxo de Caixa.

Será partir deles que serão encontrados os indicadores que ajudam a delinear o comportamento da empresa, valor justo, potencial de valorização, entre outras informações importantes para os investidores.


1. Índice Preço/Lucro

O Preço/Lucro, ou somente P/L, é o indicador mais comumente usado para avaliar o quão atrativo está o preço de uma ação no mercado se comparado ao preço de ações de outras empresas do mesmo setor.

  • P/L = Preço da Ação/Lucro por Ação (LPA)

Em geral, se o resultado do cálculo que resultado no P/L é baixo, a ação está com preço atrativo no mercado, ou seja ela está barata. Nesse caso há um potencial de compra.


2. Preço/Valor Patrimonial


O P/VPA é o indicador nos mostra quanto o investidor está disposto a pagar pelo ativo. Quanto mais elevado o indicador, mais cara a ação.


  • P/VPA = Preço da Ação/Valor Patrimonial da Ação (VPA);

  • VPA = Patrimônio Líquido/Número total de ações

3. Preço/Vendas

O Preço dividido pelas Vendas (P/V) mostra a relação entre a capitalização e valor das vendas líquidas da companhia.


  • P/V = Preço da Ação/Receita por Ação

  • Valor da empresa/Ebitda (VE/Ebitda)

Para conhecer o valor de mercado da companhia, faz-se o seguinte cálculo:


  • Valor de Mercado = Preço da Ação negociada x Número total de ações

Depois, para encontrar o Valor da Empresa, é usada a seguinte equação:


  • Valor de Mercado + Endividamento Bancário líquido = Valor da Empresa (VE)

O endividamento bancário líquido de uma empresa é igual ao total de empréstimos e financiamentos menos o saldo das aplicações financeiras.


4. Ebitda (LAJIDA)


O Ebitda, sigla em inglês para Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization é o índice que ajuda a analisar o desempenho operacional da empresa mensurando sua produtividade e eficiência dentro do setor de atuação.


Embora muitas empresa usem o termo Ebitda em suas demonstrações, algumas adotam sua tradução para o português, LAJIDA, sigla para Lucro Antes do Juros, Impostos, Depreciação e Amortização.


A fórmula para calcular o Ebitda/LAJIDA é a seguinte:


  • EBITDA = Lucro Operacional Líquido antes dos Impostos + Depreciação + Amortização + Juros

5. Dividend Yield

O Dividend Yield (DY) é outro importante indicador da análise fundamentalista, sobretudo para investidores que buscam aplicações com foco em dividendos.


Ele mostra ao analista o retorno em proventos que determinado gerou nos últimos 12 meses com base em cotações atuais.


Para calcular o DY o analista deve usar a seguinte fórmula:


  • Dividend Yield = Dividendos pagos nos últimos 12 meses/Preço da ação

6. ROE (Return On Equity)

O ROE, como é normalmente chamado, é um indicador que mede o desempenho de uma empresa e mostra se ela está gerando benefícios aos seus acionistas.


Além disso, o ROE mede a capacidade de uma empresa em agrega valor a ela mesma usando recursos próprios, gerando crescimento apenas com os recursos já disponíveis. Sendo assim, esse é um indicador que mede a eficiência da gestão.


Para calcular o ROE basta dividir o lucro líquido pelo patrimônio líquido do período contábil anterior. Ambos valores estão declarados no balanço patrimonial.


Outros indicadores importantes

Além dos indicadores citados acima, o investidor deve estar atendo aos indicadores econômicos. Isso vale tanto para os dados da economia brasileira e também de outras economias, como a dos Estados Unidos, China e da Zona do Euro.


Alguns exemplos desses indicadores são:


  • Decisão de Política Monetária do FED;

  • Livro Bege do Fed;

  • Relatório do Payroll;

  • IBC-Br;

  • Preços de commodities.

Por fim, vale destacar que, ainda no âmbito dessa escola de investimentos, uma análise setorial também pode ser bastante pertinente. Porém, é preciso esclarecer que as notícias servem somente como artifício complementar à análise e nunca como principal objeto de estudo.


Qual a diferença entre análise fundamentalista e análise técnica?


Além da análise fundamentalista, existe outra metodologia de análise que é utilizada no mercado de capitais: a análise técnica.


Essa metodologia é normalmente usada por quem tem objetivo de curto prazo e possui características bem distintas das características dos investidores adeptos da análise fundamentalista.


A análise fundamentalista de empresas mantém o foco de estudo em informações do fluxo de caixa, resultados em conjuntura econômica.


Na contramão dessa abordagem, a análise técnica mantém seu foco na avaliação de gráficos.


Além disso, para o primeiro modelo de análise, é preciso aguardar períodos para a divulgação de resultados das empresas e então fazer o estudo.


Enquanto isso, quem faz uso do segundo modelo pode fazer usar os gráficos para fazer análise em tempo real.


Nesse sentido, enquanto a análise fundamentalista de indicadores faz um estudo para investimentos visando prazos maiores que variam de meses até anos, a análise técnica abrange um horizonte mais curto.


Ou seja, quem especula com base em gráfico realiza suas operações em janelas de semanas, dias, ou até mesmo minutos.


Análise técnica ou análise fundamentalista: qual das duas usar?


Dessa maneira, ao comparar fundamentos com gráficos, fica claro que a análise fundamentalista é a metodologia mais adequada para ser utilizada por investidores. Isso é ainda mais váldio principalmente quando o objetivo é a formação de patrimônio no longo prazo.


Em contrapartida, a análise técnica é normalmente empregada por quem busca lucros de curto prazo, proveniente da especulação com ativos.


Na maior parte das vezes, os dois modelos de análise não são usados em conjunto. Isso porque as duas análises têm particularidades bastante distintas.


Um especulador com foco em operações de day trade, por exemplo, tende a dispensar fundamentos e não se interessar pelo valor intrínseco de uma ação.


Isso porque os dados disponíveis no gráfico costumam ser o único elemento que esse especulador utiliza para tomar suas decisões de compra e venda.


Entendendo o conceito de valor intrínseco

O conceito de valor intrínseco é um dos mais importantes para análise fundamentalista. Isso porque um dos principais pressupostos desse modelo de análise é de que o preço no mercado não reflete o real valor de uma ação, e é isso que a análise se propõe a fazer.


Nesse sentido, o valor intrínseco, é o valor que o analista conclui que determinado ação realmente vale depois de estudar com afinco seus fundamentos.


Suponha, por exemplo, que ações do Banco Itaú (ITUB4) estejam sendo negociadas por R$ 37. Depois de uma ampla análise de indicadores macroeconômicos e microeconômicos o analista chega a conclusão que o valor intrínseco ou preço justo desse ativo é R$ 45.


Nesse caso, as ações estão sendo negociadas abaixo do preço justo, portanto, o ativo de mostra atrativo e pode existir possibilidade de compra.


Essa operação é baseada em outro dos principais pressupostos da análise fundamentalista que diz que a longo prazo, o mercado de ações refletirá os fundamentos da empresa.


A importância do valor intrínseco para a análise fundamentalista

Nesse sentido, pode-se dizer que o foco principal da análise fundamentalista é determinar o valor intrínseco de uma ação para assim delinear estratégias de compra e venda de ações.


Caso uma ação esteja sendo negociada no mercado abaixo do valor intrínseco, pode haver uma boa oportunidade para entrada no ativo, esperando que o mercado mais a frente caminhe para uma convergência dos preços.


Por outro lado, quando o valor das ações está sendo negociada acima do preço justo, o ativo se torna menos atrativo para compra.


Sendo assim, aprender a analisar o valor intrínseco de um ativo é uma tarefa essencial para qualquer investidor. Entretanto, além de conhecer a fundo a empresa na qual vai investir, conhecer as técnicas do método valuation também é um aspecto importantíssimo.


No mais, é importante deixar claro que,a análise fundamentalista de ações mantém foco em operações de longo prazo, que pode durar meses e até anos. Além disso, não há garantias de o preço de determinado ativo chegará àquele que foi considerado pelo analista como um provável preço justo.


Livros de análise fundamentalista


No mundo dos investimentos, o conhecimento é um dos fatores mais importantes. Por isso, é fundamental que o investidor esteja sempre em busca de novas fontes de aprendizado.


Dessa forma, cursos, vídeos e livros podem ser uma boa fonte de aprendizagem. São principalmente esses materiais que vão ajudar o investidor a compreender melhor os princípios da análise fundamentalista.


Por esse motivo, vamos listar aqui cinco livros de análise fundamentalista. O enfoque tratado nos livros dessa lista podem ser mais ou menos abrangentes em relação a análise fundamentalista. Entretanto, certamente todos eles podem ajudar o investidor, de alguma forma, a descobrir um pouco mais sobre o mercado financeiro e esclarecer como analisar corretamente um investimento.


1. O Investidor Inteligente

Benjamin Graham, autor da obra e um dos precursores da análise técnica, organizou estudos de casos de mais de cem anos de ações e obrigações do mercado estadunidense. Apesar disso, o livro é repleto de conceitos atuais.


Em “O investidor inteligente” o economista traz alertas claros sobre os erros fatais que o investidor pode evitar. Além disso, ele também explica o motivo de muitos acionistas terem perdido e ainda perderem dinheiro no mercado financeiro.


O livro é bem realista e não conta fórmulas mágicas e enganosas para ganhar dinheiro investindo na bolsa de valores. Contudo, ele apresenta o poder do estudo para evitar armadilhas e encontrar oportunidades valiosas.


2. Investindo em Ações no Longo Prazo

Como se proteger contra a instabilidade da moeda? Quais são as fontes do crescimento econômico de longo prazo? Para responder a essas questões, Jeremy Siegel inclui dados centenários de análise de desempenho de ações na bolsa americana e em outros países.


Além dessas questões e outras que dão fundamento ao poder do longo prazo para o sucesso dos investimento, Siegel usa resultados de pesquisas acadêmicas compiladas em mais 200 anos de história para mostrar que a rentabilidade real das ações é muito superior aos títulos.


Sem dúvida, essa é uma obra que deve fazer parte da biblioteca de toda investidor que deseja entender a fundo a forma como o mercado se movimenta. Inclusive, cada capítulo é ilustrado com gráficos e imagens, o que torna a compreensão mais fácil.


3. Guia Suno Dividendos


O Livro Guia Suno Dividendos, escrito por Tiago Reis e Jean Tosetto, traz ao leitor de maneira simples uma abordagem sobre todo o processo para começar a investir em dividendos e desenvolver uma carteira previdenciária.


4. Filosofias de Investimento

Se você ainda não sabe qual é sua estratégia de investimento, tudo bem. No livro Filosofias de Investimento, Aswath Damodaran, traz ao leitor uma visão sobre as estratégias usadas por grandes investidores.


Esse é um dos livros mais bem cotados de Damodaran, considerado por muitos o “Papa do Valuation”. Ele é indicado para os investidores que ainda estão definindo sua estratégia de investimento e, portanto, possuem dúvidas a respeito de suas decisões.


5. Valuation: como avaliar as empresas e escolher as melhores ações

Esse também é um livro do renomado professor de finanças Damodaran. Contudo, por apresentar uma linguagem mais técnica, a obra é indicada para investidores com conhecimento mais aprofundado.


Valuation é um livro acadêmico que alia teorias às práticas, unindo os fundamentos sobre finanças aos conceitos desenvolvidos e elevados pelos professor como o próprio termo Valuation.


Perguntas frequentes sobre análise fundamentalista


Quanto ganha um analista fundamentalista?

Em média, um analista fundamentalista iniciante ganha R$ 4 mil reais. Enquanto isso, um analista intermediário pode receber em torno de R$ 12 mil. Já um analista sênior, por exemplo, pode ganhar acima de R$ 25 mil reais.


Ou seja, salário se torna ainda mais atraente de acordo com a experiência. Logo, pode-se dizer que o mercado funciona de forma semelhante a qualquer outro. Assim, quanto melhor o analista, maior pode ser salário.


O que é mais recomendável, análise técnica ou fundamentalista?

A metodologia de análise adotada pelo investidor vai depender de sua estratégia de investimento. Para investidores que operam no curto, curtíssimo e médio prazo a análise técnica pode ser mais interessante.


Em contrapartida a análise fundamentalista de indicadores pode ser mais interessante para investidores que visam aplicações de longo prazo. Contudo, como dito, uma não exclui a outra. Assim, um investidor pode se utilizar das duas metodologias para definir seus suas ações.


Qual a diferença entre Ebitda e Ebit?

O Ebit não exclui depreciação e amortização como faz o Ebitda. Logo, na prática, essa é a diferença entre os dois indicadores.


O que determina o preço de uma ação de uma empresa?

O que determina o preço de uma ação no mercado é a oferta e demanda. De acordo com as ordens de compra e venda, o mercado estabelece um equilíbrio entre quanto os investidores estão dispostos a pagar pelo ativo e por quanto os donos estão dispostos a vender.


No entanto, o preços de alguns ativos podem sofrer distorções causadas por especulação, manipulação de mercado, crises, entre outros fatores, como envolvimento em casos de corrupção, por exemplo. Nesse sentido, a análise fundamentalista pode ser uma importante aliada para estipular o real valor de uma ação e definir trajetórias no mercado de ações.


O que é a análise fundamentalista quantitativa e qualitativa?

A análise fundamentalista quantitativa é chamada por esse nome por se basear em premissas, resultados numéricos e em fórmulas matemáticas. Por outro lado, a análise qualitativa é mais subjetiva e não pode ser mensurada através de indicadores pré-fixados.


Contudo, não há entre os analistas preferências entre uma ou outra. O ideia é unir os dois tipos de abordagem para uma análise fundamentalista mais completa.


Tiago Reis

Formado em administração de empresas pela FGV, com mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro, foi sócio-fundador da Set Investimentos e é fundador da Suno Research.


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