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Finanças pessoais no contexto do processo de ensino e aprendizagem

  • Contador SC
  • 10 de out. de 2019
  • 3 min de leitura

O processo de ensino e aprendizagem é parte integrante do cotidiano das pessoas e organizações. Não se concebe a plena consecução do ensino, sem que haja, no mesmo nível, a compreensão dos postulados emitidos.


A concepção fundamental está em que não se trata de algo estático. Antes, trata-se de uma atitude dinâmica e contínua, o que preceitua o ensino e aprendizagem como um processo. Uma vez compreendidos e praticados os conceitos, emerge a figura do aprendizado concreto, conferindo ao seu detentor conhecimentos eficientes para a consecução de seus projetos.


Finanças pessoais no contexto do processo de ensino e aprendizagem

Tal premissa é acentuadamente verificada no âmbito das questões econômicas, mormente aquelas específicas relativas ao trato financeiro. Uma gestão eficaz dos recursos, por meio de uma adequação racional de sua utilização, propiciará resultados positivos, tornando-se pilar de sustentação em tempo de crise financeira.


Neste sentido, depreende-se que o indivíduo possuidor dos conhecimentos necessários à uma gestão econômica pessoal, é capaz de produzir melhores e consistentes resultados financeiros e, fundamentado em tal aprendizado, torna-se mais capacitado ao enfrentamento das adversidades que porventura se lhe apresentarem


Assim, o entendimento é de que a educação financeira capacita o indivíduo a obter condições econômicas que lhe assegurem uma melhoria em seu padrão de vida.


Cabe preliminarmente entender-se os significados originais das expressões “ensino” e “aprendizagem”. Quanto à primeira expressão, a palavra “ensino” deriva de “ensinar”, que origina-se do latim, significando a colocação de marcas ou sinais, ou ainda, mostrar coisas.


Conforme ensina Lopes (2001, p.1), a expressão, em sua abordagem no latim, equivale a designar ou indicar. Em relação à expressão “aprendizagem”, a ênfase recai sobre o entendimento de que tal palavra reflete o resultado.


Nesse sentido, Botomé (2001, p.2) ensino e aprendizagem não se apresentam em condições estáticas. Antes, diz o autor, tratar-se de um processo, por considerar sua dinâmica contínua, haja vista que, notoriamente tem-se, diante de fatos novos que se sucedem na vida das pessoas, o desafio do constante aprender sobre as novidades apresentadas na convivência pessoal e/ou profissional.


Com base nas premissas acima, o entendimento é de que “ensino e aprendizagem” são expressões que, por suas próprias naturezas, induzem à concepção de intimidade entre ambas, uma vez que não se poderá verificar a plenitude do ensinamento, caso não haja compreensão e prática consequente de conceitos emitidos.


Dessa forma, pode-se também conceber uma “logística reversa” para o estabelecimento de uma compreensão de que para que haja “aprendizagem”, é necessário que haja “ensino”.


Assim considerado, o que se depreende é a convivência harmônica dos significados das palavras aqui enfatizadas, resultando em um efeito síncrono, quando apresentados seus conceitos fundamentais por meio de um experimento.


Compreendidas as expressões sob a ótica de Botomé (2001), ao enfatizar “ensino e aprendizagem” como processo e não algo estático, emergem as palavras de Santos (2005, p.20):”[…] o processo de ensino e aprendizagem é composto por duas partes: ensinar, que exprime uma atividade, e aprender, que envolve certo grau de realização de uma determinada tarefa com êxito”.


O presente texto procurou demonstrar que o processo de ensino e aprendizagem é de fundamental importância para o desenvolvimento das pessoas, em seu sentido lato.


Em relação às questões financeiro-econômicas, tal premissa se confirma, uma vez que os indivíduos detentores de saberes específicos relativos ao controle de gastos e estabelecimento de previsões e provisões para consecução de projetos futuros, certamente experimentarão uma melhora no padrão de vida, fomentado pela correta utilização dos recursos disponíveis.


Fica também evidenciada a necessidade de se adotar um comportamento racional nas compras e gastos em geral, desatrelando, no que possível for, o aspecto emocional quando das aquisições, a fim de que as metas propostas sejam atingidas com êxito.


As ferramentas que as ciências econômicas dispõem são eficazes e eficientes para a elaboração de planilhas de orçamento e acompanhamento das realizações previstas, a fim de que possíveis distorções sejam corrigidas tempestivamente.


Ademais, a concepção da educação financeira contempla em seus fundamentos diretrizes capazes de alavancar o desenvolvimento econômico do indivíduo, propiciando-lhe efetivas e duradouras condições que visem o crescimento contínuo.


Fontes literárias referenciadas


BOTOMÉ, Paulo Silvio; KUBO, Mitsue Olga. Ensino e Aprendizagem: Uma Interação Entre Dois Processos Comportamentais. Disponível em Acesso em 03.Jan.2019


LOPES, Eliane Marta Teixeira. Ensinar aprender. In Proceedings of the 3. Colóquio do LEPSI IP/FE-USP, 2001, San Pablo, São Psulo, São Paulo (SPSPSP, Brazil) [online]. Disponível . Acesso em 04.Jan.2019


ALBERTO MANOEL SCHERRER

É professor executivo junto à Fundação Getulio Vargas (FGV), programa de pós-graduação (lato sensu) em Administração, atuando no módulo de Contabilidade Geral, na unidade de São José dos Campos (SP), conveniada Conexão Desenvolvimento Empresarial. É também professor de Contabilidade Geral, Contabilidade de Custos, Contabilidade Avançada e Perícia Contábil junto à Faculdade Anhanguera de São José dos Campos. Mestre em Planejamento e Desenvolvimento Regional, pós-graduado (lato sensu) em Gestão Contábil e bacharel em Ciências Contábeis. Consultor empresarial. Autor dos livros Contabilidade imobiliária: abordagem sistêmica, gerencial e fiscal e Como interpretar as questões do exame do CFC, publicados pelo GEN | Atlas.


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