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Origens das propostas de investimentos

  • Contador SC
  • 3 de dez. de 2020
  • 3 min de leitura

As propostas de investimentos de capital de uma empresa podem ser enquadradas segundo suas diversas origens, isto é, de acordo com os motivos internos que determinaram seus estudos.


Apesar de as técnicas de avaliação econômica, conforme serão expostas, assumirem consistência com as diferentes decisões de investimentos, é interessante, para uma compreensão mais ampla deste segmento de estudo, a identificação dos diferentes tipos de investimentos que ocorrem no âmbito de uma empresa.


Dessa maneira, as propostas de investimentos, segundo suas fontes geradoras, podem ser classificadas nas seguintes principais modalidades, conforme são expostas a seguir.


Ampliação (expansão) do volume de atividade

Esta proposta de investimento é justificada quando a capacidade máxima de produção e venda de uma empresa for insuficiente para atender à demanda efetiva (atual ou projetada) de seus produtos. As aplicações de capital, nessa situação, são normalmente processadas em máquinas, equipamentos e instalações, ou, ainda, na aquisição de outra empresa.


É importante acrescentar que a grande maioria das decisões de investimento, independentemente das razões que as tenham gerado, determina uma necessidade complementar de aplicações em capital de giro. Quando do dimensionamento dos fluxos de caixa, a ser desenvolvido mais adiante, esse aspecto será levado em consideração.


Reposição e modernização de ativos fixos


Essa modalidade de decisão de investimento costuma ocorrer em empresas que já tenham atingido certo grau de crescimento e amadurecimento em suas atividades, demandando, por isso, substituição de ativos fixos obsoletos ou desgastados pelo uso.


A necessidade de avaliar o estado físico de um bem produtivo é de grande importância para uma empresa, sendo, inclusive, interessante que isso seja feito periodicamente. A não consideração dessa decisão no momento oportuno pode ocasionar sérios transtornos no funcionamento normal da atividade da empresa (por exemplo, interrupções mais frequentes no processo de produção, elevação do nível de rejeição dos produtos fabricados por avarias apresentadas etc.), além de poder onerar, em função do crescimento mais que proporcional dos custos, o lucro da empresa.


Uma empresa pode gerar também propostas de investimento visando à modernização de seus ativos fixos. Por exemplo, um bem fixo, mesmo que se apresente em condições normais de uso, pode ser objeto de um estudo que vise a sua substituição por outro mais moderno, cujas despesas de manutenção e capacidade de operação sejam mais atraentes.


Evidentemente, esses benefícios do modelo novo, assim como a receita de alienação do ativo usado, deverão ser confrontados com os custos de aquisição e instalação do bem fixo mais moderno.


É importante acrescentar, ainda, que tanto o processo de reposição como o de modernização poderão ser adotados de forma parcial ou totalmente. Na maioria das vezes, no entanto, o desgaste natural ou obsoletismo restringe-se unicamente a alguns segmentos da empresa, o que torna necessária uma substituição (reparo ou reconstrução) parcial dos elementos fixos.


Arrendamento ou aquisição

Refere-se àquelas decisões de investimento que uma empresa deve tomar ao considerar a utilização de determinados bens fixos sob a forma de arrendamento (sem que a empresa apresente um direito legal de propriedade sobre os mesmos) ou adquiri-los plenamente.


Constitui-se, em verdade, em um processo comparativo, no qual são confrontados os desembolsos e os benefícios, que ocorrerão ao longo do tempo de uso dos ativos fixos, provenientes desses processos de decisão.


Outras origens

Nessa categoria podem ser incluídas todas as demais modalidades de propostas de investimentos não enquadradas nas classificações anteriores, principalmente aquelas oriundas de serviços externos de assessoria, pesquisa e desenvolvimento, publicidade etc.


Esses investimentos visam à geração de determinados benefícios futuros provenientes de maior eficiência e controle das operações da empresa, definição de mais adequado planejamento estratégico, incremento das vendas etc.


De forma mais ampla, as origens das propostas de investimentos devem partir das formulações estratégicas e competitivas das empresas, permitindo que se antecipem às novidades tecnológicas e de mercado futuras. Uma decisão de investimento de capital deve ser tratada, essencialmente, como uma decisão de longo prazo, em que se inserem preocupações com a continuidade e competitividade das empresas.


ALEXANDRE ASSAF NETO

Economista e pós-graduado (mestrado e doutorado) em Métodos Quantitativos e Finanças no exterior e no país. Possui o título de livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP). Professor Emérito da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP e atua como professor e coordenador de cursos de desenvolvimento profissional, treinamentos in company e cursos de pós-graduação lato sensu – MBA. Autor e coautor de vários livros e mais de 70 trabalhos técnicos e científicos publicados em congressos e em revistas científicas com arbitragem no país e no exterior. Consultor de empresas nas áreas de Corporate Finance e Valuation e parecerista em assuntos financeiros.


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