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Princípios básicos de Ford

  • Contador SC
  • 26 de abr. de 2020
  • 3 min de leitura

Provavelmente, o mais conhecido de todos os precursores da Administração Científica, Henry Ford (1863-1947) iniciou sua vida como mecânico. Projetou um modelo de carro, e em 1899 fundou sua primeira fábrica de automóveis, que logo depois foi fechada. Sem desanimar, fundou em 1903 a Ford Motor Co. Sua ideia: popularizar um produto caro, antes artesanal e destinado a poucos milionários. Revolucionou a estratégia comercial da época ao vender carros a preços populares e com assistência técnica garantida quando não havia ruas e estradas adequadas. Entre 1905 e 1910, promoveu a grande inovação do século 20: a produção em massa. Embora não tenha inventado o automóvel nem mesmo a linha de montagem, Ford inovou na organização do trabalho: a produção de maior número de produtos acabados com a maior garantia de qualidade e pelo menor custo possível. E essa inovação teve maior impacto sobre a maneira de viver do homem do que muitas das maiores invenções do passado da humanidade. Em 1913, Ford já fabricava 800 carros por dia. Em 1914, repartiu com seus empregados uma parte do controle acionário da empresa. Estabeleceu o salário-mínimo de US$ 5,00 por dia e jornada diária de oito horas, quando na época, a jornada variava entre dez e doze horas. Em 1926, já tinha 88 fábricas e empregava 150.000 pessoas, fabricando 2.000.000 de carros por ano. Utilizou um sistema de concentração vertical, produzindo desde a matéria-prima inicial até o produto final acabado, além da concentração horizontal mediante uma cadeia de distribuição comercial por meio de agências próprias. Fez uma das maiores fortunas do mundo graças ao constante aperfeiçoamento de seus métodos e processos de trabalho. A condição-chave da produção em massa é a simplicidade. Três aspectos suportam o sistema: 1. A progressão do produto por meio do processo produtivo é planejada, ordenada e contínua. 2. O trabalho é entregue ao trabalhador ao invés de deixá-lo com a iniciativa de ir buscá-lo. 3. As operações são analisadas em seus elementos constituintes. Para obter um esquema que se caracteriza pela aceleração da produção por meio de um trabalho ritmado, coordenado e econômico, Ford adotou três princípios: 1. Princípio de intensificação: diminuir o tempo de execução com o uso imediato dos equipamentos e matéria-prima, e a rápida colocação do produto no mercado. 2. Princípio de economicidade: reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação, fazendo com que o automóvel seja pago à empresa antes de vencido o prazo de pagamento dos salários e da matéria-prima adquirida. A velocidade de produção deve ser rápida: “o minério sai da mina no sábado e é entregue sob a forma de um carro ao consumidor, na terça-feira, à tarde” 3. Princípio de produtividade: aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produção.


IDALBERTO CHIAVENATO Idalberto Chiavenato é Doutor (PhD) e Mestre (MBA) em Administração pela City University of Los Angeles-CA, EUA, especialista em Administração de Empresas pela FGV-EAESP, graduado em Filosofia/Pedagogia, com especialização em Psicologia Educacional pela USP e em Direito pela Universidade Mackenzie. É professor honorário de várias universidades do exterior e renomado palestrante ao redor do mundo. É autor de mais de 30 livros das áreas de Administração, Recursos Humanos, Estratégia Organizacional, Comportamento Organizacional publicados no Brasil e no exterior. É fundador e presidente do Instituto Chiavenato, conselheiro do CRA-SP e membro vitalício da Academia Brasileira de Ciências da Administração onde ocupa a cadeira nº 47. Recebeu dois títulos de Doutor Honoris Causa por universidades latino-americanas e a Comenda de Recursos Humanos pela ABRH-Nacional.


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