Os efeitos ligados à greve dos caminhoneiros já eram previstos na teoria do contador Rogério
- Contador SC
- 18 de jun. de 2021
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Os efeitos ligados à greve dos caminhoneiros já eram previstos na teoria do contador Rogério Pfaltzgraff
Quando o Dr. Richard Thaler fez a sua teoria monumental, que lhe rendeu o prêmio Nobel em 2017, eu fizera um artigo no facebook afirmando que o embrião do seu ponto de visão teórico já era destacado por um brasileiro e contador, o prof. Rogério Pfaltzgraff, em 1950, no V Congresso de Contabilidade.
Claro que ele não fez uma teoria delineada, e nem fomentou uma coleção que pudesse dar sentido a esta tese, mas a lançou no Congresso Brasileiro de Contabilidade, sob o nome TEORIA PSICO-SOCIAL DO PATRIMÔNIO.
Como eu sei disso? Além das obras do meu mentor, o próprio mestre Lopes de Sá me contou pessoalmente como fora a defesa da tese, porque o prof. Rogério não pode ir ao congresso, sendo o mestre mineiro incumbido de a defender.
A tese era embasada em uma premissa muito simples:
“As movimentações patrimoniais, dos fenômenos patrimoniais, que geram efeitos econômicos e sociais, são causadas muitas vezes mais por causas psicológicas que se difundem na massa social, do que necessariamente por uma administração gerencial”
Claro que não tinha a fundamentação da obra de Thaler, todavia, o indício de sua teoria, já estava naquela posição, ao menos na premissa do mestre carioca.
Expliquemos melhor, em linhas gerais.
Os fenômenos patrimoniais acontecem por efeito de comportamentos psicológicos, que se difundem socialmente.
Temos então o caso do marketing, e da propaganda.
Igualmente este sentido psicológico se alastra socialmente, criando assim um comportamento em massa.
A normalidade do sistema econômico depende, pois, da harmonia da dinâmica psico-social, que permite a mesma normalidade da vida da empresa.
Neste sentido, a crise também pode não ser real, ou seja, não temos um fenômeno de crise em si, se não tivermos uma série de pessoas que não conseguem produzir ou realizar o consumo de modo especial.
Se os jornais dizem que há crise, o consumidor para de ir ao mercado.
O mercado então para de vender, e cai os lucros. Assim ele desemprega gerando a crise realmente.
Às vezes é o efeito psico-social que gera a crise realmente, pois, muitas vezes os capitais estão disponíveis para todos.
Então, esta teoria fantástica foi argumentada em 1950, e claro com cálculos e toda uma experimentação, Thaler constatou que os fenômenos econômicos acontecem mais por condições psicológicas de comportamento, que se multiplicam socialmente, do que necessariamente ações dos fenômenos em si.
O neopatrimonialismo reconhece este efeito nas relações lógicas ambientais, e ainda, no estudo do sistema de sociabilidade.
No entanto, a base para isto sem dúvida está na teoria psico-social do patrimônio, que se constata claramente com a greve dos caminhoneiros.
O que está gerando a greve, é o comportamento psicológico de busca de melhoria de renda, com a redução dos preços pelo monopólio estatal, que altera os preços para seguir a política de capital externo, e igualmente, para desenvolver lucros amortizantes dos prejuízos, que a administração da grande empresa fizera por ideologia partidária.
Um caminhoneiro para, o outro também, e assim por diante.
O comportamento individual por ações psicológicas, por desejos de melhoria, geram um fenômeno social.
Este fenômeno gera uma crise, e influencia os patrimônios.
Quantas empresas estavam perdendo vendas? Quantas deram prejuízos? Quanto desperdício? Quanta ociosidade? Quantas pessoas precisando se suprirem? Os danos na época chegaram na faixa de 15 bilhões no mínimo.
Até os tributos não são recolhidos, porque na paralisação se perdeu mais vendas, e com isso mais tributos.
Estas condições teóricas foram estudadas e parcialmente relatadas na obra do mestre Pfaltzgraff como se fosse um “vegetatismo de lucros” que é outra teoria dele, mas os anais do Congresso… Só o relato pelo e-mail do mestre Lopes de Sá que tinha me explicado tudo, valeu para entendermos muito bem a posição deste nobel Contador.
Prof. Rodrigo Antonio Chaves da Silva
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